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«O meu nome?
O meu não importa... é apenas um nome... mais um nome como tantos outros que tive em tantas outras vidas.
O meu não importa... é apenas um nome... mais um nome como tantos outros que tive em tantas outras vidas.
Sim! Era uma bruxa ou uma feiticeira como quiserem chamar.
Filha da Natureza, Princesa da Floresta, cedo aprendi os seus segredos, a sua linguagem, os seus sons e chamamentos.
Falava com os animais e comungava com a Flora.
Curioso... sorrio ao saber a precisão com que te lembras dos mais infimos detalhes de mim...
Eu ainda guardo em mim a lembrança dessa vida, a lembrança do primeiro dia em que te vi...
... Colhia plantas, ervas, flores, com elas fazia magia, conseguia extrair a sua mais pura essência e curar quem buscava a cura, guardava dentro de mim segredos ancestrais transmitidos por vozes doces e suaves que me aconselhavam prudência.
Rodeada pelos animais na clareira do grande carvalho executava as minhas tarefas para poder preparar os mais diversos remédios, as mais diversas poções... de repente tudo se calou á minha volta... o silêncio dizia que podia haver perigo, o silêncio significava que algo de estranho se passava... virei-me... cavaleiro e sua montada eram altivos e a avaliar pelas roupagens de certeza de origem nobre. Fitei o teu olhar sem o menor movimento e os teus olhos repousaram nos meus... Não fizeste o mais pequeno movimento... os teus olhos fecharam-se e tombaste a meus pés...
Tratei as tuas feridas... Curei a tua alma e foste tu que afinal lançaste sobre mim o maior dos Feitiços... o Amor...
Jamais esquecerei a forma como te entregaste á minha alma, a forma como possuiste o meu corpo não te importando do que sobre mim falavam os que não me conheciam e por isso me temiam.
Perdoo-os, perdo-o a todos quantos me julgaram e condenaram... ignorância... pura ignorância e medo. Quando se teme o desconhecido cometem-se actos atrozes...
Ali, despida de tudo e perante todos apenas via os teus olhos... chorei... não por mim que não temia a morte mas por sentir o teu sofrimento... ao me condenarem condenaram-nos á Vida Eterna, ao Amor Eterno.
Ali prostrada já não sentia nada... apenas sentia a tua mão que me tocava... o punhal que me apontavas num acto de misericórdia... entreguei-me então nas tuas mãos... entreguei-me a ti Eternamente... entreguei-me ao Fogo que exalava de nós, que exalava dos nossos corpos e que juntos ateámos derradeiramente nesta vida.
Não te condenes meu Eterno Amor!»
O temor está apenas na lembrança que a tua alma teima em não esquecer... o perdão... o perdão está para sempre cravado nos meus sentimentos e nos gestos que te teço com carinho no dia a dia em que ambos reavemos o passado.
A menina vive eternamente na lembrança suave da ternura no seu olhar que agora veste um corpo de mulher no presente para ser eternamente feiticeira.
Fala com os anjos, cura através da alma e do coração e assume o que a sua alma sempre foi... A Deusa.
Jamais esqueceu o fogo, não o fogo que a consumiu naquele dia de condenação, mas o fogo ardente que a consumia de desejo, fogo que ateaste no seu coração... o fogo eterno do amor realizado e consumado.
Fica em paz meu amor... obrigada pela tua compaixão... apenas não te posso perdoar todo o amor que me deste!
18 comentários:
Lindo texto. Lindo sentimento. Parabéns.
« Perdoei os meus assassinos. Não há perdão para o teu.»
:-) *
tre(e)tas,
Em jeito de agradecimento já lá deixei uma pena das minhas asitas no seu blog e já levou uma linkadela.
Quando os sentimentos são puramente verdadeiros só existe beleza para os demonstrar.
Grata pela sinceridade.
Volte mais vezes que será sempre bem acolhido na minha nuvem. :-)
Anjo da Minha Vida,
Só não te perdo-o todo o amor que me dás.
}*{
Perdoar, por que não?
Doar algo... é tão bom!
Eu perdoo... logo, existo!
A referência a um dos mais belos textos do teu Anjo... um verdadeiro conto de amor!
Beijinhos aos dois, mas para ti especialmente, linda!
Costumo aqui passar para ler e hoje decido dizer olá.Adorei o texto,que me fez brotar uma lágrimita aqui...e a música!Sempre gostei.Estive a ouvi-la a semana passada!
Beijinho doce
Venho mais logo para ler mais
(entrando com o extintor e a água benta)
Onde é o fogo?!? Onde está a bruxa?!?
Não lhe perdoes o amor que deu, não! Ele não merece esse perdão. Que cumpra a sua pena até ao fim: amando-te sempre! :)
Beijo para ti doce arcanjo
Lindo...
Pareceu-me até ver dois anjos... mas deve ter sido impressão minha...
Um enorme beijo para ambos ************* e um ainda maior obrigada **************
Bom dia rouxinol,
Como se pode perdoar o amor que alguém nos dá?
Quando "esse" alguém quer ser perdoado por me ter amado... é mais que óbvio que não o posso perdoar...
Amo-o!
É tudo ! :-)
Nanny,
É a devida resposta ao meu doce Anjo.
Beijinhos para ti minha fofa.
Meu doce amor,
Fico muito feliz por poder partilhar o que sinto... espero que a lagrimita seja de felicidade e doce...
Beijinhos e já agora leva com uma linkadela e espero que não venha apenas ler... pode sempre comentar.
Beijitos doces ***
Rafeirito,
Extintor??? Água Benta???
Sou apenas uma bruxa... que ama um anjo!!!
Beijos e festinhas na barriga ;-)
Foryou,
Não. Não tem perdão.
Vai cumprindo (e bem) a sua pena. ;-)
Beijinhos imensos minha linda ***
Anónimo ;-)
Lindo és tu meu eterno amor.
Beijo-te uma vez mais... e sempre...
}*{
Foryou,
As aparencias não te iludiram minha querida.
Estamos aqui sempre que tu de nós precisares.
É um até já minha querida amiga.
Volta depressa. Aguardamos-te e temos saudades.
Torcemos e velamos por ti.
Recebe o beijo que voa pelo etéreo na tua direcção ***
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