A música que nos faz voar

terça-feira, 26 de junho de 2007

Na tua ausência I (As cartas que te escrevi e que nunca recebeste)

Meu Anjo agora que és presença constante na minha vida abro o cofre da minha alma e desvendo o que escrevi durante a tua breve ausência...

"Meu Amor,

Perdoa a minha desatenção...

Perdoa não ter ouvido a tua alma e o teu coração.

Agora entendo... entendo tanta coisa...

Quero que saibas que és muito correspondido.

Estou pronta para ti.
Integralmente tua quero viver a teu lado e para ti.

Olha... é o meu coração que bate por ti... ouves?

Almas gémeas seremos eternamente.

Amo-te assim, da forma que todos os dias to digo, da forma que todos os dias to mostro e que tu tens medo de sentir.

Não me temas mais. Sou tua. Toda tua. Sempre tua.

Não te escondas mais de mim... dá-me um sinal de ti... e no calor da noite quando a sós despidos e em almas reencarnados uniremos nossos corpos, nossas bocas e num extase de locura e paixão me possuires diz-me apenas:


«Sim... Sou eu!».

Perdoa meu doce e terno amor... apenas te quero entender, conhecer e amar.

És o meu tesouro mais precioso e a vida sem ti não tem significado.
Prefiro não acordar deste doce sonho para não ter de enfrentar a dura realidade, entregando-me ao mundo encantado onde estamos sempre juntos e de olhos cerrados consigo sentir o teu calor, o teu toque, o teu odor.

Tudo o que eu desejo, meu terno amor, é ter-te sempre a meu lado, receber o teu amor através dos teus abraços, dos teus carinhos, ouvir o sussurro das tuas doces palavras e ter a tua constante companhia.

Peço-te que me tires uma dúvida da alma que me pesa o coração... diz-me por favor... será ainda possível nos dias que correm que hajam pessoas capazes de amar sem limites? Capazes de se entregarem? Capazes de serem fiéis ao mais puro dos sentimentos? Capazes de respeitar quem tanto ama?

Olho á minha volta e entristeço-me por verificar que cada vez mais homens e mulheres são imensamente egoistas e incapazes de se dedicar a uma só pessoa, incapazes de acreditar num sentimento tão nobre... desacreditam o amor.

Porquê? Diz-me por favor....

Eu própria começo a ficar exausta... e a deixar de acreditar pois por vezes sinto-me como se vivesse num mundo á parte... num mundo de sonho onde só eu acredito no amor e consigo sentir o verdadeiro significado de tal sentimento.

Se assim é... prefiro amar-te apenas em sonho, prefiro fechar os olhos e sonhar que estás a meu lado, prefiro apenas imaginar que me correspondes, imaginar que dizes tudo o que quero ouvir e que me abraças ternamente... se assim é...prefiro que sejas apenas um sonho... o meu sonho!

Perdoa meu doce amor esta tonta que hoje acordou triste...

Fecha os olhos... recebe o beijo que te sopro com ternura...

Vem... aguardo-te!

Até já...

Tua eternamente"

“Ayer los dos soñábamos con un mundo perfecto

Ayer a nuestros labios les sobraban las palabras

Porque en los ojos nos espiábamos en el alma

Y la verdad no vacilaba a tu mirada

Ayer nos prometimos conquistar el mundo entero

Ayer tu me juraste que este amor seria eterno

Porque una vez equivocarse es suficiente

Para aprender lo que es amar sinceramente

Que hiciste

Hoy destruiste con tu orgullo la esperanza

Hoy empañaste con tu furia mi mirada

Borraste toda nuestra historia con tu rabia

Y confundiste tanto amor que te entregaba

Como permiso para sí romperme el alma

Que hiciste

Nos obligaste a destruir las madrugadas

Y nuestras noches las borraron tus palabras

Mis ilusiones acabaron con tus farsas

Se te olvidó que era el amor lo que importaba

Y con tus manos derrumbaste nuestra casa

Mañana que amanezca un dia nuevo em mi universo

Mañana no veré tu nombre escrito entre mis versos

No escucharé palabras de arrepentimiento

Ignoraré sin pena tu remordimiento

Mañana olvidaré que ayer yo fui tu fiel amante

Mañana ni siquiera habrá razones para odiarte

Yo borraré todos tus sueños de mis sueños

Que el tiempo arraste para siempre tus recuerdos

Y confundiste tanto amor que te entregaba

Como permiso para sí romperme el alma"

segunda-feira, 25 de junho de 2007

7 (sete)

Poderia falar-vos do significado esotérico do número sete, poderia ainda viajar pelo seu misticismo ou ainda explanar extensamente sobre numerologia mas apesar de me ser um número muito caro, apesar de ser um número muito presente na minha vida, aliás é este o meu número favorito e o meu número da sorte, não vou fazê-lo.
Neste caso o número 7 significa simplesmente Amizade, significa Esperança, Força, Amor, Alegria e Carinho, significa União.

Não me querendo servir de "clichés" não encontro outra forma de o fazer:
"Não há coincidências..."

Eu acredito que não as há mesmo. Não foi e nunca será por "acaso" que determinadas pessoas se encontram, se conhecem, se reunem e se partilham.
Naquele momento este número foi mágico, cada um encontrou o seu significado, cada um viveu-o de uma forma muito própria e todos se olharam olhos nos olhos.

Num bocadinho de vida onde houve tempo e espaço para tudo, onde se falou de tudo, se brincou e falou a sério, onde houve risos e lágrimas, se falou baixinho e se exultaram as vozes...

Nasceram "negócios", negociaram-se lucros e percentagens, decidiu-se "quem" faz o "quê" e se percebeu "quem" realmente dirige bem a vida e uma empresa, "quem" realmente "manda"...

Descobriram-se afinidades, desfizeram-se dúvidas, satisfizeram-se curiosidades, partilharam-se gostos, uns supreenderam, outros foram supreendidos...
Eu não sou de intrigas... Não sou mesmo... mas houve tempo para tudo... para tudo mesmo!

Apostas, "trocas" de roupa, descoberta da "verdadeira" e "real essência" onde "alguns" mostraram quem realmente "são" e para o que dão...
Se há algo que aprendi nesta vida é que geralmente é do inesperado que surgem as melhores coisas... e isso comprovou-se uma vez mais!

Dum fugaz momento das nossas vidas concluímos que somos todos diferentes mas todos iguais (pronto, pronto... mas "alguns" são mais iguais que outros... Satisfeitos?) e que as Promessas nascem assim... de momentos mágicos e inesperados, nascem da Força da União, da Amizade e do Amor, nascem com Alegria e com Carinho e que nunca mas nunca perdemos a Esperança!
Por isso meus Amigos aqui registo e reitero a Promessa que desse dia a um ano os "7 Magníficos" estarão de novo reunidos para outras descobertas, promessas e novos brindes.

A todos vós o meu muito, muito obrigado por me terem dado o previlégio de vos conhecer e de podermos partilhar momentos inesquecíveis pois apesar de me ter rendido a estas lides bloguisticas continuo a previligiar a vida desta forma real.

Mas afinal o Grande Culpado de tudo isto foi um certo Rafeiro... Não fora por ele e jamais nos teríamos reunido.

A ti rafeirito desejo as maiores felicidades para esta nova etapa literária a que te lançaste e o nosso muito obrigada por seres quem és e por termos o previlégio de te chamarmos:

Amigo.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Uma Viagem entre a Terra e o Céu


Deixa meu Anjo que entreabra a porta da minha alma para que possas aos poucos sorver, para que possas aos poucos compreender, para que possas aos poucos sentir... deixa que o que vês, o que sentes tome conta de todo o teu ser, que se torne parte de ti...

Tanto tempo! Milénios que se perdem na memória, milénios que se perdem na tua memória... demasiado tempo acorrentado ao chão que te domina, esquecido, adormecido, dominado pela gravidade que te suga em direcção oposta á tua verdadeira essência...

Dá-me a tua mão... sente o calor do toque que te ofereço... fecha os olhos e deixa-te conduzir, deixa-me conduzir-te... sentes? Sentes-te levitar novamente?
Não! Não abras os olhos deixa que eu te conduza numa viagem alucinante, reconfortante de volta á tua Essência Maior...

Sente o som profundo que bate no meu peito...Ouves? É a vida... deixa-te levar... aí reside a porta para a alma... deixa que a tua alma entre na minha para poder relembrar, para poder exultar... sente a Luz que te rodeia, o calor que te aquece o frio da alma e do coração... sente a força que te atrai... entrega-te ao Amor que te ofereço...

Abre os olhos. É para ti que falo.

Nada de novo tenho para te ensinar quero apenas, apenas relembrar memórias que milénios terrenos fizeram exilar no mais profundo do teu ser... Ouve... Sente... quero que cada vez mais tomes consciência, quero que te deixes dominar e que deixes que estas tomem conta de todo o teu ser, de toda a tua alma.

No corpo, no chão que nos prende tu possuis-me, possuis o meu corpo mas aqui, aqui sou eu que te possuo, aqui sou eu que possuo a tua alma, aqui é a mim que ela se entrega sofregamente num desejo de recordar e de voltar a casa.

Sim. No corpo, na carne pertenço-te. Amo-te! Amo amar o corpo, amo amar a carne. Amo sentir a força que emanas, amo sentir a força com que envolves o meu corpo, amo olhar o profundo dos teus olhos e ver neles espelhada alma que amo e que em silêncio me grita e me pede que a possua para que possa relembrar momentos alados.

Conquistaste-me sim, esta vida terrena conquistou-me... nunca disse que não seria assim... sabes... consciente que não seria fácil prender-me novamente á vida, prender-me novamente á terra, sabia que não poderia resistir, mas... também não quero resistir-lhe. Quero sim entregar-me a ela, entregar-me a ti, quero ser possuida... afinal nada de mal há nisso... embora me entregue á Terra consigo sempre alcançar o Etéreo.

Sorrio... pequenas conquistas, singelas batalhas travadas em prol do coração, em prol da alma... conquisto-te... assim... aos poucos... levemente... subtilmente vou tocando cada ponto preciso para que o Verdadeiro Amor te possua, para que o Verdadeiro Amor tome conta de ti. Tu imperceptivelmente vais-te entregando, vais deixando que este te possua, que este te conquiste... deixas-te levar... devagar... levemente sentes o prazer que escondes não sentir, que finjes não recordar. E eu?... Eu sorrio em silêncio porque sei reconhecer os sinais, porque sinto o Amor tomar conta de ti, porque embora o escondas eu o reconheço nas tuas lágrimas, porque o leio nas tuas palavras, porque o bebo da tua boca e porque me transmites essa energia reconhecível que emana do teu corpo, essa Luz imensa que tentas esconder mas que teima exalar de todo o teu Ser.

Podes escondê-lo do Mundo mas não o podes esconder de mim.




Esta Noite... Quando nos entregarmos, quando enfim possuires o meu corpo e o fizeres levitar entrega a tua alma, deixa que o teu espírito flutue e dá-me a tua mão... alados novamente serei eu a fazer-te voar, serei eu a mostrar-te que é possível... juntos cavalgaremos novamente o Unicórnio Alado que ansioso espera para nos levar numa breve Viagem entre a Terra e o Céu...



“Ao Etéreo o que é do Etéreo, á Terra o que é da Terra.”

Jamais partirei sem ti Meu Doce Anjo!

“…And the wind will bear my cry to all who hope to fly
Hear this song of courage ride into the night
Battles are fought by those with the courage to believe
They are won by those who find the heart
Find a heart to share
This heart that fills the soul will point the way to victory
If theres a fight then Ill be there Ill be there
…Lift your wings up high my friend fearless to the end…”

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Um Sonho... Um Segredo


Seguindo pelo caminho já tão familiar, reconhecendo cada curva, cada pedra, eis que me encontro novamente com o Grande Carvalho.
Árvore Sagrada, frondoso, gigante, ainda hoje me impressiono ao olha-lo. Toco o seu tronco, sinto a textura da casca que o cobre. Como quem faz uma vénia baixo-me, sento-me, encosto-me e abraço as suas raizes rugosas sentindo a seiva que corre dentro delas. Fecho os olhos, ouço o som do vento nas suas folhas fortes, trazem palavras de outros tempos, segredos esquecidos, deixo-me voar ao encontro deles...

"... – UM é para a Fonte, a Origem Divina, inominável, desconhecida, para além da percepção.
- DOIS é para o Deus e a Deusa, macho e fêmea, luz e trevas, todos os opostos que se encontram e se separam e se juntam novamente.
- TRÊS é para a criança Divina que nasce da sua união, e três são os rostos da Deusa que dá vida ao mundo.

Ainda lembro as palavras ditadas no tempo em que era apenas uma donzela, no tempo em que era apenas uma aprendiz de sacerdotisa. Agora carregava sobre mim o peso de alta sacerdotisa e carregava dentro de mim uma semente de ti...

...Era a noite em que se acendiam as fogueiras de Beltane, os festivais em que homens e mulheres se deitavam juntos para trazer o poder do Senhor e da Senhora ao mundo, só as sacerdotisas com votos de celibato para preservação dos poderes mágicos superiores ficavam á parte. Como alta sacerdotisa cabia-me a mim a abertura da celebração, cabia-me a mim receber o Óraculo contendo em mim os poderes da vidência.
Eras um romano de visita á nossa aldeia druida, trazias em ti um mundo que para mim era desconhecido e olhavas o meu com respeito e curiosidade.

As fogueiras dominavam a noite. Vi-te á luz das labaredas, tão altivo, seguro de ti, lindo e determinado. Os nossos olhos fixaram-se e aproximaste-te. As tuas mãos tocaram as minhas sem pronunciarmos palavras... não era necessário. Haviamo-nos reconhecido. Afastámo-nos para longe da multidão. Em silêncio entreguei-me a ti, entreguei-me ao que me estava destinado mesmo sabendo que pela minha lei isso me estava interdito. Não importava. Sabia com todas as forças do meu ser que a Deusa mo permitia. Sabia que a Deusa assim mo destinava...

... Agora e prestes a trazer ao mundo uma parte de ti senti a tua mão agarrar a minha e acariciar a minha face num gesto de temor. Num último esforço dei á luz depositando nas tuas mãos o fruto do nosso amor proibido. Cortaste o cordão que nos unia e olhaste para mim. Com as lágrimas a percorrerem a tua face murmuraste:
- É uma menina. A nossa menina!
Envolta em panos brancos olhei o tesouro que me estendias. Puxei-te para mim e abracei-vos aos dois. Com o coração despedaçado reuni forças para te dizer:
- Agora deves de partir. Devem partir os dois!
Olhando a lua saboreei o amargo da vossa partida. Terias de criar a nossa filha sem mim. Entreguei nas tuas mãos o meu maior tesouro, o nosso maior tesouro. Num grito de dor que me sofucava a garganta chorei um rio de lágrimas de saudade sabendo que não mais vos voltaria a ver. Acariciada pela lua adormeci de exaustão, entregar-me-ia á Deusa Mãe..."


... – Amor, amor. Acorda amor!
Abri os olhos sentindo ainda no coração o peso da vossa partida e o gosto amargo das lágrimas.
Vi o teu rosto. Sorriste-me:
- Adormeceste á sombra do carvalho...
Num esforço abri ainda mais os olhos. Ali estavas tu e trazias pela mão o nosso tesouro de longos caracóis... abracei-vos com toda a força que tomou conta do meu corpo... Não! Desta vez não vos deixo partir!
- Que se passa? Que tens? –Perguntaste.
- Foi apenas um sonho... Apenas um sonho antigo!

terça-feira, 5 de junho de 2007

Uma Pausa


Enquanto te escrevo relembro uma música que ainda há poucos dias ouvimos... Lighthouse Family - High - do Album "Postcards From Heaven"... vou escrevendo... canto para ti meu Doce Anjo que és o meu Farol nesta Terra:

"When youre close to tears remember
Some day itll all be over
One day were gonna get so high
And though its darker than december
Whats ahead is a different colour
One day were gonna get so high

And at
The end of the day
Well remember the days
We were close to the edge
And well wonder how we made it through
And at
The end of the day
Well remember the way
We stayed so close to till the end
Well remember it was me and you

cause we are gonna be forever you and me
Youll always keep me flying high in the sky of love

Dont you think its time you started
Doing what we always wanted
One day were gonna get so highcause even the impossible is easy
When we got each other
One day were gonna get so high

And at
The end of the day
Well remember the days
We were close to the edge
And well wonder how we made it through
And at
The end of the day
Well remember the way
We stayed so close to till the end
Well remember it was me and you

cause we are gonna be forever you and me
You will always keep me flying high in the sky of love


High, high, high, high..."